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Até o início do século XX, cabia inquestionavelmente à mulher ocupações relacionadas, directa ou indirectamente, à maternidade, ou seja, amamentar os recém-nascidos e alimentar e educar as crianças. Após a primeira guerra mundial a condição social da mulher alterou-se profundamente. As mulheres passaram a trabalhar fora de casa em maior número, a frequentar os cafés e locais públicos. O movimento das sufragistas defendia e lutava pela igualdade jurídica e política das mulheres relativamente aos homens. Nesta época o mundo ocidental tentava esquecer a guerra, vivendo de forma alegre e mais descontraída. Aumentou o número de cafés, bares, salões de dança e teatros. Este período foi, por isso, denominado como «os loucos anos 20».
Na disciplina de História realizei um trabalho sobre uma mulher célebre do séc. XX: Coco Chanel. Esta estilista nasceu em Saumur, França a 19 de Agosto de 1883. Aos 16 anos chegou a Paris e logo conheceu o milionário criador de cavalos, Etienne Balsam de quem se tornaria amante. Mais tarde, em 1910, com a ajuda de Balsam abriu a sua primeira loja onde vendia chapéus. Foi também noiva do herdeiro inglês do carvão Arthur Capel, que a ajudou a abrir a sua segunda loja em Deauville, na época um centro elegante da França. Em 1925, Chanel iniciou uma estreita amizade com o duque de Westminster, que a situou no mais alto escalão da aristocracia parisiense. Amiga também do Compositor Stravinski, o qual se apaixonou por ela. Chanel libertou a mulher das faixas e cintas, dos corpetes apertados e das saias amplas. Em 1916, ela introduziu na alta-costura o “jersei” de malha, os trajes de tecidos xadrez e a moda escocesa, com blusas de malha fina, as calças boca-de-sino, as jaquetas curtas e os casacos cruzados na frente e cintados com um estilo militar. Para a noite, Chanel criou vestidos em negro metálico, vermelho escarlate ou bege. Laços e “paetês” eram os únicos enfeites e não impediam que as mulheres se movimentassem com rapidez, ágeis como pedia a estética de um século onde tudo se tornava automatizado. Em 1939, no início da Segunda Guerra, a estilista decidiu fechar as suas lojas. Ela acreditava que não era uma época para a moda. Mudou-se para o hotel Ritz e conheceu o alemão Hans Dincklage, espião nazi, de quem se tornou amante. Em 1945, foi para a Suíça, voltando a Paris em 1954, ano em que também retornou ao mundo da moda. A sua nova coleção não agradou aos parisienses, mas foi muito aplaudida pelos americanos, que se tornaram os seus maiores compradores. Chanel morreu em Paris, no dia 10 de Janeiro de 1971, aos 87 anos, na sua suite particular no hotel Ritz.