27 março 2011

A utilização do Windows Movie Maker como estratégia de motivação

Todos nós gostamos de contar e de ouvir histórias. Deparamo-nos, diariamente, com histórias. Nas conversas, nos filmes, na publicidade e nos telejornais. Porque é que as coisas que tanto nos fascinam fora da escola não podem ser aproveitadas dentro dela?
Foi pensando nisto que realizei uma Webquest, com os meus alunos do 9º ano, sobre as novas correntes pictóricas do séc. XX. Nesta Webquest era pedido aos alunos que assumissem o papel de coleccionadores de obras de arte e que, no final, elaborassem uma narração e um filme com recurso ao Windows Movie Maker.
A tarefa desenrolou-se ao longo de um mês tendo os alunos sido acompanhados ao longo de todo o processo.
Porquê trabalhar com filmes em contexto educativo? Passo a enumerar alguns dos motivos:
  • Pode servir de suporte ao professor na transmissão de conhecimentos;
  • Pode ser uma forma de abordar um tema que exige maior estudo e pesquisa por parte dos alunos;
  • Confere ao aluno o estatuto de autor (cria os seus próprios argumentos, pode dramatizar um texto, criar histórias…);
  • Motiva para a aprendizagem de conteúdos;
  • Altera-se a concepção de consumidor para produtor de informação (para publicação na Web).

"A tecnologia vídeo apresenta enormes vantagens, pois engloba em si vários meios e funções, embora tenhamos de ter consciência de que o uso didáctico do vídeo não pode substituir, nem o professor nem os outros meios audiovisuais. O vídeo surge como meio compensatório, pois permite multiplicar as opiniões sobre uma mesma realidade, fazer ampliações, repetição e organização da percepção." in Educatic.

O vídeo pode ser, portanto, promotor de aprendizagens. Desenvolve competências de procura e síntese de informação e é uma óptima ferramenta para narrar histórias e/ou conteúdos.
Deixo-vos aqui alguns dos trabalhos realizados pelos meus alunos.


O Abstraccionismo



O Expressionismo

O Dadaísmo

O Cubismo


27 março 2008

As TIC no processo de Ensino/Aprendizagem

Sou daquelas pessoas que acreditam que as TIC podem dar um contributo válido no processo ensino/aprendizagem.
Mas uma das grandes potencialidades das TIC é atenuar o isolamento das pessoas.
A pequena dimensão e a localização ultraperiférica da Ilha do Corvo constituíram – ao longo do nosso meio milénio de existência – factores que dificultaram o nosso acesso contínuo e célere ao conhecimento.
A Internet e as novas tecnologias informáticas associadas ao ensino representaram, para nós, uma fantástica oportunidade para romper condicionalismos seculares e encurtar as inamovíveis distâncias – de quase tudo e de quase todos – que sempre caracterizaram a nossa existência.
Por tudo isto, a nossa escola tem realizado um grande e sistemático esforço para aproveitar esta oportunidade. Nesse sentido, os sucessivos Projectos Educativos que desenvolvemos, ao longo dos últimos sete anos, possuem uma espécie (benigna) de obsessão pela inovação tecnológica e pedagógica.
O nosso projecto educativo de escola está projectado para a realização de projectos interdisciplinares, que mobilizem professores e alunos para um trabalho colaborativo. Defendemos que os alunos deverão ser capazes de utilizar as TIC de forma eficaz para criar documentos, localizar e seleccionar informação, colaborar com grupos à distância, e produzir apresentações dinâmicas.
Hoje, como é sabido, todos os alunos, professores e funcionários da nossa escola possuem um computador portátil possuímos quadros interactivos e Internet sem fios. Nas aulas desenvolvemos – de forma sistemática – toda uma panóplia de utilizações pedagógicas dos meios informáticos:
  • Visitas virtuais a bibliotecas e museus;
  • Videoconferências com outras escolas europeias;
  • Produção de filmes com recurso ao WMM;
  • Blogues de línguas estrangeiras;
  • entre outros…
  • Webquests;
  • Caças ao tesouro;
  • Apresentações PPT;
  • Exploração dirigida de sites, etc.
  • Publicação on-line de um jornal escolar;
  • Trabalho com recurso à plataforma moodle da Escola;
  • Coordenamos um ambicioso projecto europeu (Projecto Comenius) que integra escolas de 3 países europeus – que visa construir uma biblioteca escolar digital multilingue, de temáticas regionais.
As diferentes parcerias europeias estão projectadas, sobretudo, para o intercâmbio pedagógico-tecnológico. Pretendemos contactar com práticas de sucesso, aprender e, mais uma vez, aproveitar a mobilidade das tecnologias informáticas para nos integrarmos em plataformas de conhecimento cada vez mais vastas. Quem ousaria pensar, há dez anos, que, a partir da ilha do Corvo, poderíamos desenvolver aulas em conjunto com escolas europeias?
Projectamos, para o futuro, o aperfeiçoamento das nossas práticas pedagógicas e continuar a fazer um sério esforço de apetrechamento tecnológico.
Com isto pretendemos dar um testemunho das novas e incríveis possibilidades que a inovação pode dar às nossas escolas e aos nossos alunos. Por mais longe que se localizem, por mais inacessível e isolado que pareça o seu contexto.

19 outubro 2007

A Guerra das Trincheiras



A guerra das trincheiras foi um longo período, da 1ª Guerra Mundial, caracterizado por grande desgaste: elevada mortalidade, grande destruição e elevados gastos financeiros.
Os oficiais franceses eram grandes adeptos desta táctica – guerra das trincheiras – e, no 1ª Guerra Mundial, enviaram soldados para o campo de batalha sem equipamento adaptado às trincheiras. Diziam que as precauções defensivas eram desnecessárias se se fizessem ataques maciços suficientemente rápidos. Porém, estas tácticas foram postas em causa depois dos exércitos terem sofrido pesadas baixas em ataques contra trincheiras defendidas por metralhadoras.
As trincheiras eram protegidas pelo arame farpado e por postos de metralhadora. Cavavam-se também trincheiras pela "terra de ninguém" dentro para ouvir o que se passava na posição inimiga ou para capturar soldados e depois interrogá-los.
As trincheiras tinham habitualmente 2,30 metros de profundidade e 2 metros de largura. Nos parapeitos das trincheiras eram colocados sacos de areia (os "parados") para absorverem as balas e os estilhaços das bombas. Numa trincheira com esta profundidade não se conseguia espreitar, por isso, havia uma espécie de elevação no interior.
As trincheiras não eram construídas em linha recta. Muitas eram perpendiculares de forma a que se o inimigo conseguisse tomar uma parte da trincheira, estava sujeito ao fogo das de apoio e das perpendiculares.
Joana P.

12 outubro 2007

A 3ª fase da 1ª Guerra Mundial

Em 1917 ocorreram dois factos decisivos para o desfecho da guerra: a entrada dos Estados Unidos e a saída da Rússia. Os Estados Unidos entraram na guerra para se juntar à Inglaterra e à França, muito simplesmente porque tinham feito grandes investimentos nesses países e queriam assegurar o seu retorno. Já a Rússia saiu porque houve uma revolução socialista ocorrida no seu território.
Outras nações também se envolveram na guerra: a Turquia e a Bulgária juntaram-se à Tríplice Aliança, enquanto o Japão, Portugal (que teve um número de mortes muito elevado), a Roménia, a Grécia, o Brasil, o Canadá e a Argentina juntaram-se à Tríplice Entente.
Perante tal conjuntura a Alemanha jogou a sua última cartada, avançando sobre a França antes da chegada dos norte-americanos à Europa. Entretanto, os alemães foram novamente detidos na Segunda Batalha do Marne e forçados a recuar. A partir desse recuo, os países da Entente foram impondo sucessivas derrotas aos seus inimigos. A Alemanha ainda resistia quando foi sacudida por uma rebelião interna, que forçou o imperador Guilherme II a abdicar do seu mandato em 9 de Novembro de 1918. Assumindo o poder imediatamente, o novo governo alemão substituiu a Monarquia pela República. Dois dias depois rendeu-se, assinando um documento que declarava a guerra terminada.

Rodrigo S.




09 outubro 2007

A 1ª Guerra Mundial - A Guerra de Movimentos

A guerra de movimentos foi a primeira fase da 1ª Guerra Mundial. Esta fase durou alguns meses, até o início de 1915. A característica mais marcante foi a deslocação muito rápida e constante das tropas, ou seja, o avanço para o território inimigo.
Os principais ataques foram realizados pela Alemanha que procurou neutralizar os russos na frente oriental, enquanto, a ocidente, avançou sobre a França. O avanço sobre a França foi fulminante. A partir da táctica definida no Plano Schliffen, ocupou primeiro a Bélgica, para assim penetrarem em território francês pelo Norte. A invasão da Bélgica foi usada pela Inglaterra como pretexto para entrar na Guerra. Ao mesmo tempo, ingleses e franceses lançaram uma ofensiva na África, tomando territórios da Alemanha. Vale a pena lembrar que a Itália, até então aliada da Alemanha e do Império Austro-húngaro, se declarou neutra e não participou na guerra, nesta primeira fase.

Ana Rita C.